quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"A praxis Pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no seculo XX" Maria Helena Bonilla


O texto mencionado no título desta postagem foi indicado para leitura na disciplina educação e tecnologia contemporânea. Nele a autora, também mencionada, dá início a temática discorrendo sobre as cosmovisões desde a sociedade medieval até a contemporânea relacionando-as com aprendizagem, conhecimento e comunidade.
É também apresentado ao leitor noções sobre realidade e verdade e a influência desses conceitos na Práxis Pedagógica (que muito resumidamente, é a colocação em prática das teorias). Durante essas “noções” Bonilla chama a atenção para a necessidade de encararmos o processo de aprendizagem como algo complexo e não limitado a verdadeiro e falso. Para isso são utilizados como referência autores como Teresinha Fróes Burnham, Serpa, Pierre Levy (que posteriormente farei um comentário sobre dois capítulos do livro de sua autoria Cibercultura), Edgard Morin entre outros.
De Teresinha, a autora traz como contribuição uma idéia de análise como acompanhamento de um processo que permite além da compreensão de determinado conteúdo (objeto), a assimilação como resultado de familiarização com este.

Ao ler  estes tópicos o que de imediato me veio em mente é a forma com que as escolas, na maior parte das vezes, se apresentam para os alunos atualmente: isolada da comunidade qual esta inserida. Uma vez que apesar de teoricamente compreender-se (a escola) como espaço de relações sociais e de interação com a comunidade que a cerca e os alunos que a sustentam. Ainda reproduzem métodos de ensino baseados em uma "cosmovisão medieval" que tinha como ideologia  "uma ordem atemporal (eterna), em que cada coisa tinha seu lugar natural. (...) Em consequência, a natureza, o homem e sociedade eram vistos como uma imagem da ordem eterna, sendo que a relação entre eles, as leis, a moral e a ética estavam apoiados na religião e na filosofia." (BONILLA, p. 77). Isto porque atualmente é notório que as instituições de ensino básico não dão espaço para participação do aluno na construção do conhecimento (cada um no seu quadrado, professor finge que ensina e aluno finge que aprende), se isolando em suas dependências como se não houvessem inovações fora delas e apesar de, algumas, serem laicas, prendem se a doutrinas religiosas para impedir a inserção de determinados temas no cotidiano escolar. 

Bonilla atribui a Práxis Pedagógica uma prática que na modernidade atua como reprodutora das realidades sociais, o que acarreta numa dissincronia entre espaço e usuário (escola, estudante, família, professores e comunidade) que tem por consequência uma crise institucional aliada a desinteresse e evasão por parte dos estudantes. Eu concordo plenamente com a autora quando ela trata da inserção das tecnologias no âmbito escolar como instrumentos de expressão, entendimento, questionamentos e aprendizagens e aproveito para SALIENTAR À TODAS (pessoas), PRINCIPALMENTE AS EDUCADORAS QUE LEM ESTE COMENTÁRIO, PARA INCENTIVAR O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO E NÃO APENAS DE ABSORÇÃO.
O trecho do documentário "Pro dia Nascer Feliz" capta bem essa falta de interação ESCOLA X ALUNO. Se possível dá uma visualizada no trecho abaixo postado, comenta e se interessando baixa que vale a pena! Até a próxima.



2 comentários:

  1. O texto é bom, conheço e recomendo. Só não gostei muito dessa ideia do vídeo de associar educação a PÁTRIA e o direito de VOTO, isso tá muito político e me cheira mal.E esse caráter emotivo/apelativo não mais me comove. Tem que se pensar nesse assunto de forma mais racional e não emocional, como disse anteriormente.

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  2. como tudo na vida nada é perfeito, ou completamente bom, o uso deste trecho do vídeo é justamente para chamar a atenção para o reconhecimento do aluno com participante do processo educacional e não apenas receptor.E quanto ao lado emocional, não há como separar um coisa da outra e sim controla-las para aplicá-las na medida necessária.
    valeu o comentário!

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