quarta-feira, 10 de novembro de 2010

NOTAS E DIPLOMAS VALEM MAIS QUE CONVICÇÕES?

Há dias essa frase não sai da minha cabeça. Primeiro porque já havia escutado de algum@s amig@s que o terceiro semestre da faculdade é uma verdadeira prova de fogo onde você se entrega de vez ao curso que faz ou desiste logo e parte para outro. No entanto parece que essa prova de fogo veio com um semestre de antecedência, pelo menos para mim. Aulas monótonas, baseada em discursos lindos e práticas que se distanciam totalmente destes, além de uma turma que evidentemente está preocupada em se manter na faculdade alheia ao que ela representa de fato. Que para mim é aprendizagem como resultado das atuações.
Segundo porque bateu depressão e incerteza diante desses fatos. Surge então uma questão: SERÁ QUE ESCOLHI O CURSO CERTO?, pensei então em mudar para um curso que encontrasse uma galera mais politicamente ativa, mas daí veio a outra questão: VOCÊ VAI FAZER O CURSO PELA GALERA QUE ESTÁ AO LADO OU PELAS SUAS CONVICÇÕES?. Pronto refletindo cheguei a conclusão que prefiro as minhas convicções que são muito mais válidas que uma turma desunida e um SCORE elevado. 
Até por que o que fará de mim uma professora, diretora, coordenadora pedagógica, ou seja lá o que for de qualidade, tem a ver com as minhas atitudes e a forma como serão guiadas, que com certeza será proveniente de uma teoria a qual eu acredito e pratico, e não de discursos bonitos, e vazios na essência, para impressionar pais, alunos, professores e colegas.
Por conta dessas reflexões já estava avaliando o meu primeiro ano na UFBA como caótico. Achando a faculdade (desculpem o termo) uma merda, mas graças a JAH pude participar de um evento dentro da universidade (não foi na FACED, mas tudo bem!) no PAF 3 nos dias 13 e 14 de outubro de 2010 entitulado: "Rasuras: corpo, leitura e escrita" onde pude ouvir falas que trouxessem para meu esclarecimento e (in) formação novos conceitos, possibilidades e caminhos para mim introduzir de verdade nessa ACADEMIA que apesar de já fazer parte ainda não havia conseguido me encontrar e outro evento tão importante quanto, mas que infelzmente não pude participar por questões de saúde, foi o Triplo evento: IV Colóquio Internacional Saberes, Práticas, I Conferência Internacional de Africanidade e I Simpósio Internacional de Multirreferencialidade e Etnicidade que trouxe discurssões altamente pertinentes para a FACED no període de 25 a 29 de outubro. Por isso confesso feliz, que ter participado do 1° evento citado e saber que ocorreu dentro do espaço que acreditava estar alheio a  questões tão atuais e necessárias para o processo de formação dos educadores, valeu meu 1º ano na universidade, que como diz um amigo, é meu período de Caloura).

E para finalizar soube de uma demissão ao vivo, que serviu para me alertar que convicções sim valem mais que notas boas ou diplomas. Dá uma olhada e se inspira! 



 

3 comentários:

  1. Ane, como já disse Drumond: - "No meio do caminho tinha uma pedra
    tinha uma pedra no meio do caminho"

    Acredito que sua decisão foi sábia, pois nossa formação é muito do que nós mesmos vamos trazer como aprendizados. Esta caminhada que estamos começando, transcende ao universo acadêmico e nos faz por meio de tatantas relações fazer valer a nossa escolha. Não desanime, siga! E lá na frente você verá que pedras tiveram muitas, mas o gosto de tê-las transposto sentirá ao término deste ciclo.
    "VEM VAMOS EMBORA, QUE ESPERAR NÃO É SABER;
    QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER"

    E acredito que mais do que convicções, nos falta mesmo é ÉTICA!!!

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  2. Ane também andei refletindo sobre estas questões que vc coloca, e encontrei um provérbio africano que condiz perfeitamente com este seu pensamento. Diz assim:

    "O conhecimento não é a coisa principal, mas ações"

    E não será a demagogia presente nos discursos que ouvimos que nos fará desistir...ou o score elevado que dirá se o que vc sabe está sendo transposto para a prática que visa a aprendizagem significativa, prática esta que eu acredito que seja o mais importante.

    Mas o que me causa mais inquietação nestes discursos é que se deve elaborar metodologias baseadas na realidade do aluno em respeito pelo mesmo, mas daí quando surge esta necessidade para nós enquanto alunas, não eh possível perceber, dificultando o meu entendendimento por UNIVERSIDADE NOVA, já que criticam tanto o tradicionalismo exarcebado presente nas instituições de ensino.

    Parabéns pela coragem de expor seus sentimentos!

    "A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome."

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  3. Pois é Ane,como Marcília mesmo sabe meu momento de crise de desistência do curso também veio antecipado,não só pelas contradições postas por alguns professores que pregam teorias impraticáveis em algumas realidades,outros que praticam até hj o paradigma tradicional na sala;Minha indignação também se dá no rumo que o mundo tá levando,na inversão dos valores,em como as pessoas tem se importado mais com coisas fúteis como uma nota ou um score e desvalorizado coisas tão mais importante como um conhecimento criado apartir do coletivo,as lutas políticas pelos nosso direitos,o valor de uma amizade sincera,da cordialidadee,sabe, isso tudo me deixa muito triste não só em ver isso explicito na nossa turma,mas em saber que será levado e reproduzido para as crianças e está espalhado no mundoo!!!
    É muito triste não conseguir enxergar uma solução para tudo isso,mas como Marcília falounão podemos desistir,nossas convicções devem ser superiores a tudo isso!!!
    Não desistaaa pq vc é sucessoooo!!!
    Amei sua postagem e desabafo,pq eu tb pude desabafar...kkkkk!!!

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